
Samba no teatroO palco do Teatro Dix-huit Rosado irá se transformar numa animada roda de samba nesta sexta-feira, a partir das 18h30, durante a primeira edição do projeto Seis e Meia em maio. As atrações de hoje são o sambista carioca Dudu Nobre e o grupo mossoroense Samba Nobre. Os ingressos estão sendo vendidos na bilhetaria do local por R$ 10 e R$ 5 (meia).Carioca da gema, Dudu, apesar da pouca idade (34 anos), já faz parte da fina flor do samba nacional e chega a Natal com o repertório de seu mais recente trabalho na bagagem, o CD/DVD "Roda se Samba Ao Vivo" - nono álbum da carreira. Respeitado pela velha guarda do samba do Rio de Janeiro, João Eduardo de Salles Nobre coleciona sucessos e parceiros do quilate de Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal, Almir Guineto, Leci Brandão e Martinho da Vila. "Desde que vi Dudu Nobre pela primeira vez, tocando cavaquinho e cantando no conjunto de Zeca Pagodinho, arrisquei um palpite: 'Trata-se de um astro'", escreveu o conceituado jornalista, escritor, compositor, pesquisador e crítico de música Sérgio Cabral, sobre o trabalho do garoto prodígio.Como o artista trabalhou na noite de domingo, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE conseguiu conversar por telefone - na manhã de ontem - apenas com o empresário do cantor e compositor: "Estamos indo a Natal com um formato reduzido, com metade da banda, para viabilizar essa apresentação no Seis e Meia. Será um show bem intimista, como uma legítima roda de samba", garantiu Demerval Coelho. "No palco, serão seis músicos mais o Dudu, que irá interpretar um pouco de cada fase de sua carreira", completou.O empresário aproveitou para adiantar que o público poderá adquirir o recente CD/DVD a preços acessíveis logo após o show. Neste novo trabalho, Dudu conta com as luxuosas participações da cantora potiguar Roberta Sá, do mentor Zeca Pagodinho, dos mestres Martinho da Vila e Almir Guineto, entre outros nomes da nata do samba carioca. Em "Roda de Samba Ao Vivo", Dudu Nobre também presta devidas homenagens a autores da velha guarda como Candeia (da Portela), Monsueto e o saudoso compositor salgueirense Geraldo Babão.Dudu Nobre nasceu em berço sambista: filho de pagodeiros (João Nobre e Anita) e afilhado do baterista e cantor Wilson das Neves (que já tocou com Chico Buarque, Elis Regina, Roberto Carlos e Elza Soares), ainda menino já participava das rodas de samba com os grandes nomes do gênero, cantores e compositores. Começou a tocar cavaquinho aos cinco anos e piano clássico aos sete. Conviveu desde pequeno com nomes expressivos do samba como Beth Carvalho, Jorge Aragão, Nelson Cavaquinho, entre outros, que freqüentavam os pagodes que os pais organizavam - em parceria com Bira Presidente, do grupo Fundo de Quintal.Já o Samba Nobre conseguiu entrar no circuito de casas de shows da cidade, e nos barzinhos começou a fazer sucesso. E quando menos se esperou já estava fazendo a janela de nomes importantes da música, gente que eles ainda não imaginavam estar no mesmo palco. Segundo André da Mata, vocalista do grupo, foram muitos os nomes, como Jorge Aragão, José Augusto, Raça Negra, Aviões do forró, Exaltasamba, Sirano e Sirino, e o grupo Revelação. "Não é fácil, porque o samba é um estilo difícil de se trabalhar, porque mexe com muita gente. Mas, conseguimos um entrosamento e uma receptividade grande do público", explicou. E levando a sério, chegou a participar de concursos de música. "O grupo também participou do Festival da Canção, realizado em 2008, com a música "Perdendo a linha" de minha autoria em parceria com Sérgio Santies,concorrendo ao quesito interpretação".
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